Hip Hop: de movimento social a poderosa ferramenta de evangelização




Hoje, no século em que vivemos, a música gospel encontra-se em um estágio de evolução o qual nossos avôs – e até nossos pais – não imaginavam. Pode-se louvar a Deus com bandas de rock, de axé e de hip hop, entre outros. Todavia ainda existe em nossa sociedade muito preconceito em relação a esses gêneros musicais, em especial com esse último.

A cultura hip hop é formada pelos seguintes elementos: o rap, o graffiti e o break. O Rap significa rhythm and poetry, ou seja, ritmo e poesia. É a expressão musical-verbal da cultura. Graffiti representa a arte plástica, expressa por desenhos coloridos feitos por grafiteiros nas ruas das cidades espalhadas pelo mundo e Break Dance representa a dança.

Surgiu na periferia, nos guetos da sociedade americana da década de 60 como uma forma de manifestação diante da cruel realidade pela qual o povo passava (e ainda passa). Tornou-se muito mais do que isso. Hoje, o hip hop é uma cultura, um gênero musical reconhecido mundialmente e também uma eficiente ferramenta de evangelização.

O hip hop gospel está crescendo no Brasil. Apocalipse 16, Ao Cubo e DJ Alpiste figuram no pódio dos melhores rap gospel nacional. A ideia é simples: evangelizar a periferia carente, a classe menos favorecida, vítima da corrupção e da injustiça com um som maneiro, moderno e que faça parte do seu dia a dia. Experimente evangelizar alguém que vive no mundo das drogas e da bandidagem com uma música extremamente tradicional, daquelas que dá sono de tão lenta. Seremos, provavelmente, ridicularizados. Agora, imagine essa mesma música cantada a um ritmo acelerado, com batidas eletrônicas e com muita rima. Muitas almas já foram alcançadas assim.

Gosto não se discute. Há aqueles que amam o hip hop e há aqueles que o detestam. Os mais experientes dificilmente escutariam um cd destes, por isso nunca presenteie aquele seu tio extremamente tradicional com um cd do DJ Alpiste. Por outro lado, é uma boa forma de evangelizar aquele seu coleguinha da escola que você sabe que já fumou uma. Na maioria das músicas de rap gospel há testemunhos de quem um dia estava aprisionado às drogas e à prostituição e hoje exalta o Nome de Jesus Cristo. Mas será que Deus aceita esse tipo de música? Não cabe a nós julgar. O que se deve fazer é respeitar a forma que cada um louva a Deus. Se for uma adoração sincera, Ele saberá.



Arquivo Foco Teen (24.04 por Rafael Rocha)

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